quarta-feira, 29 de junho de 2011

Deputado Chico Alencar confirma presença


O Deputado Chico Alencar confirmou presença na abertura do seminário "Gênero, família, política e homofobia: trajetórias e desafios". A palestra de abertura ocorrerá no dia 22/08 (segunda-feira) às 10 horas da manhã no Auditório do Hospital Veterinário da UENF. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui no blog até o dia 15 de agosto. Haverá certificado para todos que obtiverem participação no evento igual ou superior a 70%.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Perspectivas sobre os direitos dos trabalhadores domésticos

Após muitos anos de debate sobre a situação das empregadas domésticas, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovou, durante a 100ª Reunião da Conferência Internacional do Trabalho, a inclusão de um capítulo específico para os trabalhadores domésticos o qual determina que essa categoria deverá gozar de todos os direitos dados aos outros trabalhadores. No Brasil, o trabalhador doméstico passou a ser reconhecido na Constituição de 1988, no entanto, é tratado de maneira diferenciada de todos os outros trabalhadores. O artigo 7° da Constituição Federal os exclui do conjunto geral de direitos do trabalho, tratando-os de maneira particular.
O projeto será votado e sendo ratificado pelo Brasil – o que o ministro do trabalho Carlos Lupi já dá como certo – será necessário modificar a Constituição. Entre os direitos reclamados para os empregados domésticos estão o FGTS, o seguro-desemprego, definição da jornada de trabalho – 8 horas diárias - e horas-extras. Alguns desses benefícios já estão presentes na Constituição atual, porém definido como opcional, como é o caso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – e o seguro-desemprego que constam na Lei 10.208, aprovada em 23 de março de 2001. No entanto, somente uma parte pequena dos empregadores inscreveu suas empregadas no FGTS e um número muito pequeno tem acesso ao seguro-desemprego.
Estima-se que 50 milhões de pessoas em todo o mundo se dedicam ao trabalho doméstico, no Brasil, nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE, existem 1,6 milhões de trabalhadores domésticos, desses (94,3%) são mulheres, (61,8%) são pretos e pardos e (64%) possuem menos de 8 anos de instrução. Quase um terço deles (27,5%) recebem menos de um salário mínimo e somente (34,4%) possuem carteira assinada. O que demonstra a situação de exploração vivida por essas trabalhadoras que não possuem todos os direitos assegurados.
Esse panorama a respeito do trabalho doméstico e toda a discussão que o envolve, faz com que os pesquisadores que se ocupam de questões sociais se interessem pelo assunto, como é o caso da pesquisa sobre a configuração do trabalho doméstico e as relações entre patroas e empregadas domésticas na Cidade de Campos dos Goytacazes, que vem sendo desenvolvida por Marusa Bocafoli da Silva, pesquisadora do ATEGEN e aluna do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF, que busca compreender a delicada relação que se estabelece entre patroas e empregadas, relações essas que podem ser de conflito e de amizade.
 Assim sendo, a determinação da OIT, coloca em pauta a discussão sobre o trabalho doméstico em todo mundo, discussão que interessa não só as empregadas domésticas, que depois de muito tempo terão seus direitos reconhecidos, mas também aos empregadores que precisam estar atentos às novas determinações e ao cumprimento delas caso sejam aprovadas e a sociedade de maneira geral.
 É necessário salientar que esse tipo de tarefa possui uma enorme importância social, tendo um papel imprescindível na reprodução da força de trabalho e no bem estar das pessoas. Apesar disso, o trabalho doméstico é historicamente desvalorizado, sendo muitas vezes visto como uma extensão do trabalho escravo; Além disso, não é reconhecido como criador de valor e em muitas vezes nem mesmo como trabalho, pois sendo direcionado para o âmbito doméstico torna-se invisível à sociedade. A determinação feita pela OIT, no último dia 13, responde às solicitações feitas por essa categoria há 50 anos e significa um importante avanço para a valorização e o reconhecimento do trabalho doméstico e das pessoas que se ocupam dele.

Marusa Bocafoli da Silva

sábado, 18 de junho de 2011

Pesquisa comprova que homofóbicos se excitam com gays

Um grupo de pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade da Georgia, nos EUA, realizou um estudo que concluiu que homens homofóbicos ficam excitados quando assistem à pornografia gay. O resultado da pesquisa foi divulgado na página do Centro Nacional de Informação Biotecnológica (NCBI, na sigla em inglês. Clique aqui para visitar a página contendo o resumo da pesquisa, em inglês).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova resolução contra discriminação de gays


Publicada em 17/06/2011 às 11h33m
O Globo

GENEBRA - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira pela primeira vez uma resolução condenando a discriminação contra gays, lésbicas e transgêneros. Considerada histórica, a declaração passou com margem estreita, recebendo 23 votos a favor e 19 contra, além de três abstenções, entre elas da China.
A representação do Brasil está entre os que votaram a favor da resolução, apresentada pela África do Sul e também apoiada pelos EUA. Já o grupo dos que se opuseram à decisão inclui Rússia, Arábia Saudita, Nigéria e Paquistão.
Falando em nome da Organização da Conferência Islâmica, o embaixador paquistanês Zamir Akram disse que a medida "não tem nada a ver com os direitos humanos fundamentais".

- Estamos gravemente preocupados com a tentativa de introduzir nas Nações Unidas algumas noções que não tem fundamento legal - disse.

'Eles não estão sozinhos', diz subsecretário americano

A resolução tem caráter apenas simbólico, já que não impõe a adoção de qualquer política. O texto pede direitos iguais para as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, e expressa preocupação com a violência e a discriminação ao redor do mundo.
Perguntado sobre como a resolução beneficiaria homossexuais em todo o mundo, o subsecretário americano Daniel Baer disse que é um sinal de que "muitas pessoas na comunidade internacional estão com eles".

- É um método histórico de tirania fazer você sentir que está sozinho - disse. - Uma das coisas que essa resolução faz por pessoas em todo lugar, particularmente a população GLBT, é lembrar que não estão sozinhas.

A questão dos gays vem polarizando os debates na ONU há anos. Embora as discussões sobre o assunto estejam avançando no Ocidente, advogados afirmam que os tratados internacionais não oferecem proteção adequada aos homossexuais contra discriminação e tratamentos inadequados.


Fonte: O Globo
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/06/17/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-aprova-resolucao-contra-discriminacao-de-gays-924706344.asp#ixzz1PZIPZpH9 

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Oportunidade para alunos e pesquisadores de gênero

Seleção de consultor para pesquisa sobre direitos LGBT


Brasília, 16/07/2011 (MJ) – A Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça está selecionando consultor acadêmico para realizar pesquisa sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O estudo consiste em levantamento e análise dos acórdãos dos Tribunais Superiores brasileiros, dos instrumentos normativos em vigor e das propostas legislativas em tramitação no Congresso Nacional relacionados ao tema.

O candidato deve ser graduado em Ciências Humanas ou Jurídicas com mestrado ou doutorado concluído. Também serão exigidas: experiência mínima de dois anos em pesquisas envolvendo questões de gênero, sexualidade e direitos humanos; atuação em pesquisa relacionada ao processo legislativo e à jurisprudência; e participação em iniciativas de efetivação dos direitos da população LGBT.

Interessados devem enviar currículo para o endereço eletrônico srjconsultores@mj.gov.br até as 23h59 de 1º de julho. O assunto da mensagem é “Projeto BRA/05/036”.

O Ministério da Justiça integra a Comissão Técnica Interministerial para executar ações do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – PNPCDH/LGBT, instituído em 2008. A Secretaria de Reforma do Judiciário fica responsável por editar e publicar pesquisas sobre a temática, com o objetivo de detectar pontos a serem aperfeiçoados e identificar experiências que tenham contribuído para a ampliação e a promoção do acesso à Justiça no Brasil.