segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Prêmio Nobel da Paz e as mulheres negras

Novamente Cony, Xexéo e Viviane Mosé dão bola fora. Os jornalistas e a "filósofa" criticaram a divisão do Prêmio Nobel da Paz entre três mulheres: a presidenta da Libéria Ellen Jhonson Sirleaf, a militante liberiana pela paz Leymah Ghowee e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman. Alegaram que a divisão do prêmio entre elas fazia com que o mesmo perdesse sua força e representatividade. Que coisa engraçada! O Prêmio Nobel de Medicina foi dividido entre um canadense, um francês e um norte-americano e ninguém falou absolutamente nada. Será que pelo fato de serem homens e brancos? Ser mulher e ainda por cima negra e proveniente de países pobres tem alguma coisa a ver com a avaliação feita por esses comentaristas? Tomara que não.



De qualquer maneira foi lamentável. A manhã para os ouvintes do Jornal da CBN primeira edição, ancorado por Milton Youg, só foi salva porque após o infeliz comentário da trinca, uma senhora representante da ONU recolocou a questão no seu devido lugar ao ser entrevistada pelo âncora do programa, mostrando a importância da premiação dada às representantes de metade da humanidade que raras vezes, têm a oportunidade de interferir em assuntos ligados à paz, geralmente um apanágio reservado apenas à outra metade: ou seja, aos homens.



Além de ter que ouvir tolices como essa, o ouvinte ainda foi brindado com uma pérola da "filósofa" que observou que as ganhadoras do Nobel da Paz "pelo menos não era feministas". E para completar, ainda cometeu mais uma gafe ao dizer que "ser feminista é ser contra homem". Esse ridículo sendo comum digno de uma pessoa inculta e preconceituosa nos dá bem a dimensão da capacidade cognitiva da Sra. Viviane Mosé. Pobres ouvintes da CBN!

Profª Drª Marinete dos Santos Silva