terça-feira, 20 de dezembro de 2011

4º Seminário Anual de Ciências Sociais da UESC



Entre os dias 5 e 7 de dezembro de 2011, foi realizado na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC-BA) o 4º Seminário Anual de Ciências Sociais, cujo tema foi "Diversidades e desigualdades: um desafio às Ciências Sociais". Professores e pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), participaram do evento.


A conferência de abertura intitulada "A modernidade e a luta pela igualdade: uma trajetória", foi proferida pela Profª Drª Marinete dos Santos Silva, coordenadora do Atelier de Estudos de Gênero (ATEGEN). A professora participou ainda de uma mesa redonda, proferindo uma fala intitulada "Reconhecimento de quê e para quê?". Os demais membros do Atelier de Estudos de Gênero - Marusa Bocafoli, Rafael França da Silva, Renata de Souza Francisco e Sana Gimenes - foram responsáveis respectivamente por um GT e um minicurso.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero

A diretoria da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH) divulgou a primeira versão da programação, as ementas dos eixos temáticos e a composição da comissão científica do VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da ABEH, que será realizado nos dias 1º, 2 e 3 de agosto de 2012, na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, Bahia Brasil.

O tema do evento é Memórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero. As pessoas interessadas em apresentar trabalhos no congresso deverão enviar os resumos das propostas diretamente para os eixos, através do site www.abeh.ufba.br (novas informações serão postadas no www.abeh.org.br ). A submissão deverá ocorrer de 1º de fevereiro a 31 de março de 2012. Confira a programação, as ementas do eixos e quem faz parte da comissão científica no site da ABEH (http://www.abeh.org.br/).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Para refletir sobre mulher e política

Mulheres e cidadania: uma reflexão*
                                                   
Profª Drª Marinete dos Santos Silva
Professora Associada LESCE/CCH/UENF

Coordenadora do Atelier de Estudos de Gênero - ATEGEN



No dia seis de outubro de dois mil e onze, a Rádio CBN do Rio de Janeiro, que faz parte do Sistema Globo de Rádio, veiculou em seu programa “Jornal da CBN” a notícia de que três mulheres negras haviam ganho o Prêmio Nobel da Paz. Três comentaristas dessa emissora – Arthur Xexéo, Viviane Mosé e Carlos Heitor Cony – que atuam no quadro intitulado “Liberdade de Expressão”, emitiram imediatamente  opinião contrária à decisão do Comitê do Nobel sob a alegação de que a divisão do Prêmio entre três mulheres havia ofuscado sua grandeza. O mais interessante é que no dia anterior havia sido divulgado o Prêmio Nobel de Medicina que igualmente contemplara três pessoas, no caso três homens – um canadense, um francês e um norte-americano. Não houve nenhum comentário sobre a perda de brilho da premiação pelo fato de ter sido dividida entre três pessoas. Disso concluímos que a divisão do Prêmio entre três homens brancos e ocidentais é perfeitamente cabível, mas que a divisão entre três mulheres negras de países não ocidentais é absurda. O que estaria por trás dessa incongruência?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A homoparentalidade no Brasil


A Drª Daniela Bogado acaba de lançar seu novo livro "Famílias contemporâneas: as voltas que o mundo dá e o reconhecimento jurídico da homoparentalidade", abaixo segue uma pequena resenha da obra.

domingo, 23 de outubro de 2011

As mães entram em cena

 Depois de registrar somente na última semana pelo menos oito assassinatos de pessoas LGBT, as mães dessas pessoas resolveram entrar em cena criando a iniciativa "Mães Pela Igualdade" (clique no link para visitar o site),

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Prêmio Nobel da Paz e as mulheres negras

Novamente Cony, Xexéo e Viviane Mosé dão bola fora. Os jornalistas e a "filósofa" criticaram a divisão do Prêmio Nobel da Paz entre três mulheres: a presidenta da Libéria Ellen Jhonson Sirleaf, a militante liberiana pela paz Leymah Ghowee e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman. Alegaram que a divisão do prêmio entre elas fazia com que o mesmo perdesse sua força e representatividade. Que coisa engraçada! O Prêmio Nobel de Medicina foi dividido entre um canadense, um francês e um norte-americano e ninguém falou absolutamente nada. Será que pelo fato de serem homens e brancos? Ser mulher e ainda por cima negra e proveniente de países pobres tem alguma coisa a ver com a avaliação feita por esses comentaristas? Tomara que não.

A lingerie da Gisele ou a "maria chuteira" sedutora

O comercial da Hope onde uma mulher de calcinha e soutien em atitude sedutora comunica ao marido que bateu com o carro dela ou que estourou o cartão de crédito anda causando polêmica. Condenado pela Secretaria Especial de Políticas para mulheres, foi, entretanto, absolvido pelos jornalistas Arthur Xéxeo, Carlos Heitor Coni e pela "filósofa" Viviane Mosé. No programa "Jornal da CBN" transmitido de segunda a sexta-feira de 6 às 9:30h da manhã e ancorado por Milton Young, eles foram unânimes em não ver "nada demais" no citado anúncio televisivo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Crimes homofóbicos

A homofobia continua a fazer novas vítimas. A Avenida Paulista foi palco da mais nova agressão noticiada contra homossexuais, entretanto há muitas outras ocorrendo neste exato momento e que não vem à público. O Brasil é um dos países líderes em assassinato de homossexuais, ficando bem próximo de países africanos. No país, segundo estudo do GGB (Grupo Gay da Bahia), em 2010, 260 gays e lésbicas foram assassinados, dando uma média de uma morte a cada 36 horas. Ainda segundo esse estudo, nos últimos cinco anos houve um aumento de 113% no número de assassinatos de homossexuais. Apenas nos três primeiros meses de 2011 foram 65 assassinatos. A realidade tende a ser muito pior, já que não há no Brasil estatísticas oficiais para crimes de ódio.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A dominação masculina mostra sua face

Postamos aqui o link da entrevista da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Política para as Mulheres, concedida à revista Carta Capital. A referida ministra endossou uma nota assinada pela secretaria pedindo a suspensão de uma propaganda com a modelo Gisele Bündchen. No comercial, promovido por uma marca de lingerie, a modelo instrui as mulheres a como dar más notícias a seus maridos sem risco de sofrerem qualquer tipo de sanção: tirando a sua roupa, oferecendo seu corpo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Homofobia: história crítica de um preconceito






Vale a pena ler e refletir sobre o que diz Daniel Borrilo em seu livro "Homofobia: história crítica de um preconceito" (Editora Autêntica, 2011). Nele o autor traça um quadro histórico e sociológico de como o

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O feminismo perdeu a legitimidade? Segundo a Viviane Mosé sim


A Bienal do Livro foi o evento marcante do mês de setembro no Rio de Janeiro. É muito bom ver pessoas de todas as idades interessadas em manusear e comprar livros. É muito bom ver escritores(as) serem aclamados(as) pelas crianças e adolescentes como verdadeiros popstars. Só não foi bom ouvir os comentários de Viviane Mosé na Rádio CBN a respeito da mesa redonda no “Espaço Mulher e Ponto” no dia 08. Em seus comentários na matéria da rádio CBN (disponível abaixo) ela disse que “a mulher não é mais oprimida”, ela agora “tem que brigar apenas por salários iguais aos do homem e contra a violência doméstica que é um fato”.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Seminário do ATEGEN: repercussões, considerações e bastidores

O seminário “Gênero, família, política e homofobia: trajetórias e desafios” - realizado nos dias 22 e 23 de agosto último - teve repercussões na mídia televisiva, impressa e radiofônica, demonstrando que o tema desperta interesse, seja para debater ou para simplesmente negar. As opiniões foram variadas: desde elogios pela tema da produção acadêmica à crítica preconceituosa e desqualificadora.

Sobre o seminário do ATEGEN


É cada vez mais comum a veiculação de notícias nos meios de comunicação informando sobre casos de discriminação, preconceito e violência. Em uma análise um pouco mais atenta de tais notícias, percebe-se que os grupos que são mais atingidos por tais atos são as mulheres, as crianças e os homossexuais.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pesquisadores do ATEGEN presentes ao XI CONLAB





Entre os dias 7 e 10 de agosto de 2011, foi realizado em Salvador (BA) o XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais (CONLAB). Vários pesquisadores africanos, brasileiros e europeus participaram do congresso ministrando palestras, coordenando mesas de debates e apresentando suas pesquisas acadêmicas. Os membros do ATEGEN marcaram presença no evento apresentando seus respectivos trabalhos:

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A rejeição ao "casamento gay"

        A última pesquisa divulgada no dia 28/07 pelo instituto Ibope Inteligência (clique aqui para ler a respeito), mostra que a expressiva fatia de 55% dos brasileiros são contrários à união civil homossexual, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) este ano. Talvez o resultado desta pesquisa sirva de munição para o discurso de políticos, religiosos e personalidades contrários à união civil homossexual e, quiçá, a lei em trânsito no Congresso que pune a homofobia.
       

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Toda mulher é obrigada a ser mãe?

                  A historiadora francesa Elisabeth Badinter lançou um novo livro intitulado “O conflito: a mulher e a mãe”, da Editora Relógio D’água. Essa autora celebrizou-se principalmente pela sua obra “Um amor conquistado: o mito do amor materno”, onde mostrou o projeto rousseauniano de domesticação da mulher através da obrigação de ser mãe e amamentar, iniciado no século XVIII. Esse projeto representou para o então nascente capitalismo a possibilidade de obter um farto exército industrial de reserva pois, incentivando a maternidade e a amamentação automaticamente haveria o aumento demográfico.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

A face conservadora de Campos dos Goytacazes revelada

A revista "Nossa UENF" traz em sua edição de junho/julho de 2011 uma matéria comentando o livro "Gênero, poder e tradição na terra do coronel e do lobisomem", que foi organizado pela Profª Drª Marinete dos Santos Silva. O livro traz as pesquisas realizadas pelos membros do ATEGEN tratando de diferentes temas comuns no cotidiano da cidade de Campos dos Goytacazes - a terra do Coronel e do Lobisomem. Os temas abordados nas pesquisas publicadas são: a homofobia, violência contra a mulher, a TFP (Tradição Família e Propriedade) e as estratégias de mulheres pobres para evitar a AIDS. 

A revista "Nossa UENF" pode ser consultada na página da UENF (www.uenf.br) ou clicando neste link: http://issuu.com/uenf2/docs/revista_nossa_uenf_-_junho_-_2011_web

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Deputado Chico Alencar confirma presença


O Deputado Chico Alencar confirmou presença na abertura do seminário "Gênero, família, política e homofobia: trajetórias e desafios". A palestra de abertura ocorrerá no dia 22/08 (segunda-feira) às 10 horas da manhã no Auditório do Hospital Veterinário da UENF. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui no blog até o dia 15 de agosto. Haverá certificado para todos que obtiverem participação no evento igual ou superior a 70%.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Perspectivas sobre os direitos dos trabalhadores domésticos

Após muitos anos de debate sobre a situação das empregadas domésticas, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovou, durante a 100ª Reunião da Conferência Internacional do Trabalho, a inclusão de um capítulo específico para os trabalhadores domésticos o qual determina que essa categoria deverá gozar de todos os direitos dados aos outros trabalhadores. No Brasil, o trabalhador doméstico passou a ser reconhecido na Constituição de 1988, no entanto, é tratado de maneira diferenciada de todos os outros trabalhadores. O artigo 7° da Constituição Federal os exclui do conjunto geral de direitos do trabalho, tratando-os de maneira particular.
O projeto será votado e sendo ratificado pelo Brasil – o que o ministro do trabalho Carlos Lupi já dá como certo – será necessário modificar a Constituição. Entre os direitos reclamados para os empregados domésticos estão o FGTS, o seguro-desemprego, definição da jornada de trabalho – 8 horas diárias - e horas-extras. Alguns desses benefícios já estão presentes na Constituição atual, porém definido como opcional, como é o caso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – e o seguro-desemprego que constam na Lei 10.208, aprovada em 23 de março de 2001. No entanto, somente uma parte pequena dos empregadores inscreveu suas empregadas no FGTS e um número muito pequeno tem acesso ao seguro-desemprego.
Estima-se que 50 milhões de pessoas em todo o mundo se dedicam ao trabalho doméstico, no Brasil, nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE, existem 1,6 milhões de trabalhadores domésticos, desses (94,3%) são mulheres, (61,8%) são pretos e pardos e (64%) possuem menos de 8 anos de instrução. Quase um terço deles (27,5%) recebem menos de um salário mínimo e somente (34,4%) possuem carteira assinada. O que demonstra a situação de exploração vivida por essas trabalhadoras que não possuem todos os direitos assegurados.
Esse panorama a respeito do trabalho doméstico e toda a discussão que o envolve, faz com que os pesquisadores que se ocupam de questões sociais se interessem pelo assunto, como é o caso da pesquisa sobre a configuração do trabalho doméstico e as relações entre patroas e empregadas domésticas na Cidade de Campos dos Goytacazes, que vem sendo desenvolvida por Marusa Bocafoli da Silva, pesquisadora do ATEGEN e aluna do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF, que busca compreender a delicada relação que se estabelece entre patroas e empregadas, relações essas que podem ser de conflito e de amizade.
 Assim sendo, a determinação da OIT, coloca em pauta a discussão sobre o trabalho doméstico em todo mundo, discussão que interessa não só as empregadas domésticas, que depois de muito tempo terão seus direitos reconhecidos, mas também aos empregadores que precisam estar atentos às novas determinações e ao cumprimento delas caso sejam aprovadas e a sociedade de maneira geral.
 É necessário salientar que esse tipo de tarefa possui uma enorme importância social, tendo um papel imprescindível na reprodução da força de trabalho e no bem estar das pessoas. Apesar disso, o trabalho doméstico é historicamente desvalorizado, sendo muitas vezes visto como uma extensão do trabalho escravo; Além disso, não é reconhecido como criador de valor e em muitas vezes nem mesmo como trabalho, pois sendo direcionado para o âmbito doméstico torna-se invisível à sociedade. A determinação feita pela OIT, no último dia 13, responde às solicitações feitas por essa categoria há 50 anos e significa um importante avanço para a valorização e o reconhecimento do trabalho doméstico e das pessoas que se ocupam dele.

Marusa Bocafoli da Silva

sábado, 18 de junho de 2011

Pesquisa comprova que homofóbicos se excitam com gays

Um grupo de pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade da Georgia, nos EUA, realizou um estudo que concluiu que homens homofóbicos ficam excitados quando assistem à pornografia gay. O resultado da pesquisa foi divulgado na página do Centro Nacional de Informação Biotecnológica (NCBI, na sigla em inglês. Clique aqui para visitar a página contendo o resumo da pesquisa, em inglês).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova resolução contra discriminação de gays


Publicada em 17/06/2011 às 11h33m
O Globo

GENEBRA - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira pela primeira vez uma resolução condenando a discriminação contra gays, lésbicas e transgêneros. Considerada histórica, a declaração passou com margem estreita, recebendo 23 votos a favor e 19 contra, além de três abstenções, entre elas da China.
A representação do Brasil está entre os que votaram a favor da resolução, apresentada pela África do Sul e também apoiada pelos EUA. Já o grupo dos que se opuseram à decisão inclui Rússia, Arábia Saudita, Nigéria e Paquistão.
Falando em nome da Organização da Conferência Islâmica, o embaixador paquistanês Zamir Akram disse que a medida "não tem nada a ver com os direitos humanos fundamentais".

- Estamos gravemente preocupados com a tentativa de introduzir nas Nações Unidas algumas noções que não tem fundamento legal - disse.

'Eles não estão sozinhos', diz subsecretário americano

A resolução tem caráter apenas simbólico, já que não impõe a adoção de qualquer política. O texto pede direitos iguais para as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, e expressa preocupação com a violência e a discriminação ao redor do mundo.
Perguntado sobre como a resolução beneficiaria homossexuais em todo o mundo, o subsecretário americano Daniel Baer disse que é um sinal de que "muitas pessoas na comunidade internacional estão com eles".

- É um método histórico de tirania fazer você sentir que está sozinho - disse. - Uma das coisas que essa resolução faz por pessoas em todo lugar, particularmente a população GLBT, é lembrar que não estão sozinhas.

A questão dos gays vem polarizando os debates na ONU há anos. Embora as discussões sobre o assunto estejam avançando no Ocidente, advogados afirmam que os tratados internacionais não oferecem proteção adequada aos homossexuais contra discriminação e tratamentos inadequados.


Fonte: O Globo
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/06/17/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-aprova-resolucao-contra-discriminacao-de-gays-924706344.asp#ixzz1PZIPZpH9 

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Oportunidade para alunos e pesquisadores de gênero

Seleção de consultor para pesquisa sobre direitos LGBT


Brasília, 16/07/2011 (MJ) – A Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça está selecionando consultor acadêmico para realizar pesquisa sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O estudo consiste em levantamento e análise dos acórdãos dos Tribunais Superiores brasileiros, dos instrumentos normativos em vigor e das propostas legislativas em tramitação no Congresso Nacional relacionados ao tema.

O candidato deve ser graduado em Ciências Humanas ou Jurídicas com mestrado ou doutorado concluído. Também serão exigidas: experiência mínima de dois anos em pesquisas envolvendo questões de gênero, sexualidade e direitos humanos; atuação em pesquisa relacionada ao processo legislativo e à jurisprudência; e participação em iniciativas de efetivação dos direitos da população LGBT.

Interessados devem enviar currículo para o endereço eletrônico srjconsultores@mj.gov.br até as 23h59 de 1º de julho. O assunto da mensagem é “Projeto BRA/05/036”.

O Ministério da Justiça integra a Comissão Técnica Interministerial para executar ações do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – PNPCDH/LGBT, instituído em 2008. A Secretaria de Reforma do Judiciário fica responsável por editar e publicar pesquisas sobre a temática, com o objetivo de detectar pontos a serem aperfeiçoados e identificar experiências que tenham contribuído para a ampliação e a promoção do acesso à Justiça no Brasil.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Pesquisadores do ATEGEN marcam presença em evento internacional



Entre os dias 19 e 21 de maio de 2011 ocorreu o "IV Coloquio Internacional de Estudios sobre Varones y Masculinidades: políticas públicas y acciones transformadoras" na cidade de Montevidéu (Uruguai). Os participantes do ATEGEN marcaram sua presença nesse evento com seus trabalhos:

Marinete dos Santos Silva: "Filho de quem? A questão da paternidade em Campos Goytacazes (Brasil) na primeira metade do século XX".

Daniela Bogado Bastos de Oliveira:  "O reconhecimento jurídico da adoção por casal de gays". 

Fabio Pessanha Bila:  "Cidadania sob o sol dos trópicos: os homossexuais do Rio de Janeiro, e suas estratégias de afirmação". 

José Henrique Mendes Crizostomo: "Masculinidade, política e violência: um caso exemplar na realidade brasileira".

Pedro Fernandes Neto: "Torcidas Organizadas, masculinidade e violência". 

Rafael França Gonçalves dos Santos: "Masculino silenciado: a construção do corpo das travestis prostitutas".  
  
Sana Gimenes Alvarenga Domingues: "Discurso masculino sobre as relações de gênero no Partido dos Trabalhadores".  

Tese analisa famílias homoparentais

Uniões de homossexuais com filhos muitas vezes são disfarçadas


daniela.JPGApós a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união entre casais homossexuais, ocorrida em 05/05, o movimento gay reivindica a adoção de filhos por casais do mesmo sexo. Isto não é uma realidade muito distante, como mostra a tese de doutorado "Das voltas que o mundo dá: família e homoparentalidade no Brasil contemporâneo", de Daniela Bogado Bastos de Oliveira, pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF.
Orientada pela professora Marinete dos Santos Silva, do Laboratório de Estudo da Sociedade Civil e do Estado (LESCE) do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF, a pesquisa analisa a homoparentalidade - modelo familiar formado por homossexuais que têm filhos - nos aspectos jurídico e sociológico.
Segundo Daniela, as decisões judiciais aprovando adoções conjuntas têm sido favoráveis desde 2005, e em 27 de abril do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manifestou-se pelo deferimento da adoção por casal homoafetivo considerando o melhor interesse da criança e do adolescente. Para tanto, utilizava-se a analogia entre união estável e união homoafetiva. Existem publicizados, até hoje, 21 casos de adoção feitos por casais homossexuais. Quatro deles foram no  Rio de Janeiro.
Na prática, constata-se na pesquisa que a configuração homoparental já existe no Brasil, embora muitas famílias formadas por casais homossexuais se disfarcem como monoparentais (formadas só pelo pai ou só pela mãe com seus respectivos filhos). Há casos de homossexuais com filhos biológicos, homossexuais que adotam sozinhos, casais homoafetivos que adotam conjuntamente e ainda aqueles que recorrem à reprodução assistida.
- Como não existe ainda a tradição de casais homossexuais com filhos, a parentalidade homossexual acaba associada ao padrão hetero. E muitas vezes, na luta contra o sistema, acaba-se reproduzindo tal padrão para ganhar legitimidade dentro da ordem vigente, inclusive mostrando que, mesmo sendo homossexual, se pode ter um desempenho melhor que os heterossexuais - argumenta Daniela.
Daniela observa que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a adoção pode ser feita por quem é casado ou quem vive em união estável. Com o reconhecimento da união entre homossexuais pelo STF, acaba, em sua opinião, a polêmica sobre a possibilidade de homossexuais adotarem filhos conjuntamente. Para ela, a decisão estende direitos sem comprometer o direito de ninguém, rompendo o heterocentrismo e o heterossexismo, e confirmando o sentido de família.
Prof.___Marinete_dos_Santos_Silva___30.11.2010_004.jpgEmbora as famílias homoparentais venham pouco a pouco ganhando visibilidade e sendo cada vez mais reconhecidas pela sociedade, a homofobia ainda é um problema muito sério. Daniela lembra que existe um projeto de lei complementar cujo objetivo é ampliar o leque de crimes causados por discriminação, fazendo com que não só o preconceito de raça ou cor seja levado em conta, como também o preconceito de gênero, sexo e orientação sexual. O projeto altera o Código Penal e a Consolidação das Leis do Trabalho.
- A sociedade brasileira é pluralista, e não pode pactuar com preconceitos, porque objetiva a não discriminação assim como a igualdade. Pessoas mais conservadoras e/ou presas a dogmas religiosos terão que rever seus paradigmas ou, ao menos, ser mais tolerantes, respeitando a diversidade - afirma.
(Fotos: Daniela Bogado e a Marinete dos Santos Silva, orientadora da tese)



Fonte: Informativo da UENF, 25/05/11 - Nº 2.960 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Programação sendo reformulada

Estamos reformulando a programação do evento. Em breve divulgaremos a nova programação e novidades acerca do seminário. Estamos fechando parcerias com personalidades públicas para nosso evento e também com empresas comprometidas com os direitos humanos e a diversidade.

Para entrar em contato conosco mande um email para: ategenuenf@gmail.com

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Evento promovido pelo ATEGEN em breve

Em breve será divulgado aqui a programação do seminário "Gênero, família, política e homofobia: trajetórias e desafios", evento que será promovido pelo Atelier de Estudos de Gênero (ATEGEN) durante os dias 22 e 23 de agosto de 2011. 

O evento ocorrerá na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e será aberto à todos os interessados pelo tema. As inscrições serão gratuitas e serão realizadas no próprio site. Serão conferidos certificados à todos os participantes que obtiverem presença superior a 70% no evento.

Para mais detalhes entrem em contato através do email: ategenuenf@gmail.com